quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reportagem elaborada no 6º encontro do projeto Eco Passo - Integral III


As Lições Florestais dos Países Ricos


O atual Código Florestal, criado em 1965, recebeu recentemente uma proposta de reforma, apresentada pelo relator Aldo Rebelo.

Ruralistas e ambientalistas não concordaram com essa reforma, os produtores rurais querem mais flexibilidade nas leis para ampliar suas produções, já os conservacionistas defendem um maior rigor nas medidas de proteção florestal, para manter a biodiversidade e evitar a erosão do solo. Por trás dessa discussão o que está em pauta é a maneira que o Brasil enxerga o potencial de suas florestas.

Uma análise da estratégia adotada por países ricos mostra como conseguiram conciliar desenvolvimento e preservação:

Canadá: concentra 10% da área florestal do planeta, quase a metade de seu território é coberta por florestas. A extração de madeira rende US$ 23 bilhões por ano, por lei, toda árvore cortada deve ser substituída.

Estados Unidos: o presidente Theodore Roosevelt, que governou de 1901 a 1909, criou 150 áreas de conservação para florestas, 51 reservas federais para pássaros e 5 parques nacionais.

Os parques estão entre as principais atrações turísticas e recebem cerca de 600 milhões de visitas por ano.

Nova Zelândia: O Código Florestal prevê que a produção de madeira só pode resultar de florestas plantadas e que as árvores cortadas devem ser repostas. Uma associação financiada pelas madeireiras faz a fiscalização ambiental.

Japão: Há 300 anos o país sofria desmatamento acelerado. O governo passou a pesquisar e ensinar métodos de reflorestamento, a regra de ouro do país é conservar a cobertura vegetal nas montanhas para evitar erosões.



Fonte: Revista Época, nº 678, 16 de maio de 2011, p. 72 e 73.

Nenhum comentário:

Postar um comentário